quarta-feira, 15 de julho de 2020

Informações sobre o caso Thiago Afonso (como tudo começou)


Roteiro da história "Zaco e Coda: perdidos numa selva" (nome provisório)

Personagens:

Thiago Afonso Martins
Zackarias Martins (pai do Thiago)
Maia Afonso Martins (mãe do Thiago)
Ceresa Tristina (madrasta do Thiago)

Marcos Fontana Martins
Cody Martins (pai do Marcos)
Bailey Fontana Martins (mãe do Marcos)

Natalie Amarante
Cirilo Amarante (pai da Natalie)
Maria Joaquina Amarante (mãe da Natalie)

Mariano Fukanaga (pai do Flatcher e da Beatriz)
Emma Fukanaga (esposa do Mariano)
Flatcher Fukanaga e Beatriz Fukanaga

Foco narrativo:
1ª pessoa/narrador-personagem

História:

Vá para o banco da Avenida Kogama e encontre o gerente que atende pelo nome de Eriberto. Entregue para ele o boleto que você recebeu na noite anterior e ele mostrará uma sala. Nela, haverá um objeto. Guarde-o por um tempo e devolva a Eriberto, porque aquilo é valioso demais. Será tentador, mas evite guardar por mais de um mês. A Natalie (minha assistente) está falando para eu parar de enrolar e ir direto à história. Acho que tudo começou quando saímos de férias. (Repensar)

Final de Novembro. Último dia de aula. Férias de verão chegando. O sinal tocou. Término da aula. Saímos correndo. Alguém encostou a mão no meu ombro. Pensei que fosse a diretora ou algum professor, mas era apenas um colega meu; ou melhor, um grande colega meu. Chamava-se Flatcher Fukanaga, filho de Mariano Fukanaga, gerente do Hotel em que meu pai morava quando criança, e de Emma Fukanaga, professora dele e de minha mãe. Meu pai, Zacarias Martins, fora muito bagunceiro quando criança, e agora, como sou filho dele, todo mundo acha que eu sou bagunceiro. Mas não é verdade! Não sou parecido com meu pai. Sou organizado igual ao tio Cody.
Fukanaga era meu melhor amigo, pois ele sempre me ajudava com tarefas importantes da escola. Na maioria das vezes era minha dupla em trabalhos. Houve uma vez em que ele foi meu advogado na brincadeira de tribunal, quando eu fui julgado por colar na prova. Ele tinha uma irmã mais velha muito bonita chamada Beatriz, mas a chamávamos de Bia.
— Oi Thiago! Vamos embora juntos? — disse ele.
Vamos lá! Oi Flatcher! Vamos!

Durante o percurso, íamos observando as construções e, ao mesmo tempo, conversando. Nós moramos numa cidade no interior do estado de São Paulo, chamada Juca Leão. Nela, há menos poluição. É uma cidade pequena e quase todos os cidadãos se conhecem. Em nossa cidade, também há uma usina de energia nuclear, que foi construída durante a ditadura militar no Brasil, nos anos 1970, para entrar no programa das “obras faraônicas”.

Convidei Flatcher para almoçar comigo em casa, afinal havíamos acabado de entrar de férias. Ao entrar, vi meu pai, minha madrasta, um policial, uma mulher bonita e uma menina, que devia ter a mesma idade que eu. Eles estavam sentados no sofá da sala, assistindo ao telejornal. Meu primeiro pensamento foi: “Será que meu pai, que é pegador, traiu Ceresa com outra e acabou com uma relação sexual, e minha madrasta chamou os tiras, porque ela não admite traição?”. Como sou muito ingênuo com meus pensamentos, e muito curioso, resolvi perguntar:
— Papai, você resolveu sair mais cedo do trabalho?
Os convidados pareceram notar minha presença e meu pai desligou a televisão.
— Thiago, estávamos esperando você. Conversaremos durante o almoço. Você deve ter notado que temos companhia.
Meu pai conduziu a tropa até a mesa redonda onde fazíamos as refeições. Eu sentei ao lado do Fukanaga, que sentou ao lado do policial, que sentou ao lado da mulher bonita, que sentou ao lado da menina, que sentou ao lado do meu pai, que sentou ao lado de Ceresa, que sentou ao meu lado. Havia uma lasanha à bolonhesa no centro. Meu pai abriu uma garrafa de tinto e começou a servir os adultos.
— Há treze anos, — meu pai começou. — em 1988, este cavalheiro que zela todos os dias por nossa segurança, o delegado Cirilo, encontrou, junto de sua esposa, Maria Joaquina, uma espaçonave em seu quintal. Graças à Equipe da Salvação, foi descoberto que o indivíduo dentro da nave era um recém-nascido do planeta Azeitona e que veio para a Terra, porque era a única esperança de seu povo. O extinto grupo entregou o bebê para a assistência social e eu e minha então esposa Maia Afonso — pude ver Ceresa Tristina fazer uma careta — adotamos o garoto, que passou a ser Thiago Afonso Martins.
Essa história me parecia estranhamente familiar, afinal meu nome era Thiago Afonso Martins.
— Isso explica alguma coisa. — eu disse. — Por que o policial está aqui?
Eu conhecia Cirilo de vista. Quando eu ia para a escola de manhã, ele estava indo para a delegacia, no sentido oposto. O delegado Cirilo disse:
— Thiago, você é muito especial. E quando digo especial, quero dizer que você representa uma ameaça para a população de nossa cidade. O doutor Breno, psiquiatra da Usina de Juca Leão, convidou você para fazer alguns testes. E quando digo convidou, quero dizer que ele obrigou você com ameaça de prisão. Dr. Breno é um homem poderoso, afinal ele é amigo do Zurique.
Henrique Zurique era prefeito de Juca Leão, eleito em 2000. Ele era industrial e magnata, que detinha grande parte do mercado bélico. Ele também era pré-candidato às eleições presidenciais de 2002 pelo Partido Pan-Brasileiro (PPB). Esse partido fazia frente ao Partido da Aliança Brasileira (PAB), que lançaria o metalúrgico Paulo Donnerstag para presidente no ano seguinte. Zurique acabaria não concorrendo à Presidência, deixando que seu aliado, o capitão do Exército Hermann Rademaker, do Partido da Irmandade Social (PIS), assumisse a corrida.
— O que a minha mãe pensa sobre isso? — indaguei.
— Maia foi sedada com clorofórmio e está amarrada no quarto da empregada, conforme nos orientou o doutor Breno por intermédio do delegado. — disse meu pai, em tom sério.
— Você sequestrou sua ex-mulher, tio Zacarias? — perguntou Fukanaga, interessado. — Isso é crime federal!
Meu pai pareceu não ouvir. Ele já fez coisas piores.
— Assim que você terminar sua lasanha, Thiago, você vai arrumar sua bagagem e partirá na viatura do delegado para a Usina. Sem nenhum “piu”.
Na minha cabeça eu podia jurar que tinha uma granja inteira de pintinhos, só para irritar meu pai.
Coloquei na mala meia dúzia de roupas íntimas, algumas camisetas, calças, pijama e o suficiente para passar uma temporada na Usina Nuclear, que foi construída para fazer frente a outras matrizes energéticas projetadas na Ditadura, como as hidrelétricas de Itaipu e de Sobradinho. Eu já imaginava que eu não era filho biológico de meu pai, afinal, não somos nada parecidos.
Meu tio Cody — que é gêmeo do meu pai — não gosta muito de aparecer. Ele fez faculdade de Economia fora do Brasil, mas ninguém sabe seu paradeiro. O que sabemos é que ele assume um cargo executivo no Banco Central de Juca Leão, mas sem detalhes. Seu filho, Marcos Fontana, também é recluso e misterioso.
Desci as escadas, coloquei a mala na viatura e dei uma última olhada na casa onde morei por treze anos.
— Vou sentir sua falta! — disse Fukanaga. — Eu tinha planejado um monte de coisas para a gente fazer nas férias, mas esse tal de doutor Breno estragou a festa.
— Vai ser rápido, cara. — eu disse. — Nem vai parecer que eu saí.
Despedi-me de meu pai e de Ceresa Tristina. Eu quis falar com minha mãe, mas o delegado não permitiu.
— Ordens do doutor Breno. — disse ele, com ar de autoridade.
Entrei na viatura. Ao meu lado estava sentada a garota que parecia ter a minha idade. No banco do motorista estava o delegado Cirilo e no banco do copiloto (como costumava dizer meu pai quando eu era menor) estava sentada a mulher bonita que agora me parecia familiar.
— Natalie. — disse a menina.
— Prazer, Thiago. Você deve ser a filha do delegado Cirilo.
— Sim. Parece que seremos vizinhos de cela.
— Você também está “detida” na Usina? — ao dizer “detida” eu fiz aspas com as mãos.
— Meu pai me inscreveu num programa do governo quando eu era pequena. Eles fazem testes com os jovens para detectar eventuais ameaças comunistas.
— Você acha que eu sou uma ameaça comunista?
— Nem de longe! Mas meu pai acredita que a sua chegada ao planeta Terra foi muito suspeita. Segundo ele, os soviéticos enviaram você para o Brasil com um soro na sua corrente sanguínea capaz de envenenar o presidente.
— A falha dessa teoria é que quando eu nasci a União Soviética já estava com os dias contados. A menos que...
— A máfia russa tenha se metido nisso. — Natalie completou.
— Você sabe o que aconteceu com a Equipe da Salvação?
— Eles foram dissolvidos pelo atual governo por disseminação de ideais de esquerda.
— Como eles descobriram que eu era do planeta Azeitona?
— Meu pai acha que isso foi uma mentira para encobrir o fato de eles simpatizarem com os comun...
A viatura estacionou na Usina. Era um enorme terreno com um reator no centro. Fomos recebidos por um homem grisalho vestindo jaleco de laboratório que se apresentou como doutor Breno. Um cientista levou Natalie, e o doutor Breno me acompanhou até a sala dele.
Havia um retrato de Paulo Donnerstag, metalúrgico e membro do Partido da Aliança Brasileira, pendurado na parede. Eu já deveria suspeitar que o doutor Breno fosse partidário de Donnerstag.
[Final inconclusivo.]

Colcha de retalhos
A narrativa que você acabou de ler está incompleta. Um dia vou terminar? Não sei. Eu comecei a escrever a história em um bloco de notas do tablet em janeiro de 2012, deixei fermentando alguns anos, e voltei em julho de 2018, com novas ideias. A produção da narrativa ficou parada por excesso de referências que eu estava colocando. Veja abaixo.
Referências baseadas: Primeira versão: série de televisão “Zack & Cody: Gêmeos à bordo” (alguns personagens), romance "A pirâmide vermelha", de Rick Riordan, novela “Fina Estampa” (veiculada na TV Globo em 2012). Segunda versão (com ajustes): série “Stranger Things” (Usina Nuclear e doutor Breno).
Neste ano, 2020, assisti a uma série chamada “Dark”, que me inspirou a dar continuidade a esta história, acrescentando viagens no tempo e realidades paralelas. Não farei a continuação aqui. Leia abaixo um possível segmento à jornada de Flatcher Fukanaga na busca de seu amigo Thiago Afonso. Nessa história, Flatcher está mais velho e quer fazer de tudo para reencontrar Thiago.

Carta de Flatcher Fukanaga a Thiago Afonso

O delegado Flatcher Fukanaga estacionou sua viatura na garagem de sua casa. Ao entrar, ele viu sua esposa deitada no sofá, com a televisão ligada. Fukanaga desligou a televisão, aproximou-se dela e sacudiu levemente seus ombros.
“Natalie, querida, eu cheguei… Você já pode deitar!”
A mulher abriu os olhos.
“São duas horas da madrugada! Isso são horas de voltar?”
“Perdoe-me. A delegacia estava cheia está noite. Eu estou exausto!”
“Está tudo bem. Eu vou me deitar no quarto. Seu jantar está na geladeira.”
“Obrigado, querida!”, Flatcher sorriu. “Boa noite!”
“Boa noite!”, Natalie sorriu de volta.

O delegado jantou e foi tomar banho. Vestiu seu pijama, deitou na cama, mas não conseguiu dormir. Por alguma razão, ele ficou pensando em seu velho amigo, Thiago Afonso, levado para “análises” na Usina nuclear. Esse caso o inquietava muito. Mas fazia tanto tempo…
Flatcher foi para seu escritório, onde ele podia pensar, sentado em sua escrivaninha. Ele pegou uma garrafa de salsaparrilha na adega e serviu um copo, antes de começar. O delegado escreveu uma carta para seu melhor amigo de infância, com base em todas as pistas que coletara até então.

Quarta-feira, 13 de agosto

Querido amigo,

A última vez que nos vimos foi há muito tempo. Nós ainda éramos moleques. Você confiara a mim que sua estada na Usina seria rápida, mas nós dois sabíamos que você não voltaria a sua vida de antes tão cedo.
Sabe, desde que você se foi, meus dias perderam as cores. Parece que minha vida tinha sido transformada em escalas de cinza. Conforme o tempo foi passando, eu fui conhecendo outras pessoas, mas o vazio deixado por você crescia exponencialmente.
Você conheceu uma voluntária que trabalhava na Usina, chamada Natalie Amarante. Pois bem, eu fiquei amigo dela, nós namoramos durante um tempo e, agora, estamos casados!
Eu investiguei muito seu caso, inclusive porque o então prefeito Henrique Zurique monopolizou todas as informações e inviabilizou o processo. Se eu consegui descobrir parte de seu paradeiro foi graças a muito esforço e a muitas noites mal dormidas. Tudo isso porque eu me importo com você, Thiago. Eu sempre me importei.
Há alguns meses, eu viajei para São Paulo (capital) para conversar com um dos membros da extinta Equipe da Salvação, o Agente E. Ele me contou toda a história de como você caiu na Terra e me mostrou sua análise semiológica do alfabeto da Javalândia. Eu tenho que confessar: a história que o delegado Cirilo contou naquele almoço, antes de você me deixar, diverge em alguns pontos da história que o Agente E me contou.
Cirilo disse que você chegou na Terra quando ainda era um bebê, e o Agente E disse que você aterrisou na forma de uma criança. Eu fiquei muito confuso quanto a isso.
Eu visitei a biblioteca de Juca Leão e encontrei uma edição do jornal local indicando que o depoimento de Cirilo batia mais com a história real. Afinal, o delegado Cirilo, junto de sua esposa, Maria Joaquina, tinha sido testemunha ocular. A Equipe da Salvação chegara alguns minutos mais tarde.
Alguns meses depois do seu sumiço, eu fui na Usina Nuclear falar com o Doutor Breno, encarregado da unidade. O cientista me disse que você já não estava mais por ali, e que o então prefeito Henrique Zurique o levara consigo para sua casa.
É fato que raras pessoas já penetraram a mansão de Henrique Zurique. Só entra lá com convites formais e não é qualquer um que pode ser convidado. Jornalistas e policiais, por exemplo, são os grupos menos preferidos de Zurique.
Para isso, meu amigo, eu preciso de sua ajuda. Eu não conheço ninguém que pode entrar na casa do ex-prefeito de Juca Leão. Minha esposa é candidata a Prefeitura do município, mas eu não sei se ela toparia fazer essa missão.
Por isso, eu confio a você responder a essa carta com informações precisas e objetivas do ocorrido nesses mais de dez anos que você foi levado.

Atenciosamente, Flatcher Fukanaga, seu amigo.

Flatcher Fukanaga leu e releu sua carta. Ele escolheu um envelope, tomando o cuidado para não deixar indícios que a carta era remetida da delegacia, e escreveu no verso “Para Thiago Afonso. Por favor, não abra se você não for Thiago Afonso”.
O delegado vestiu um casaco, calçou seus sapatos e foi encontrar seu mensageiro fiel. Marcaram o ponto de encontro na Ponte que atravessa o Rio Transversal. Seu mensageiro era um homem que usava sobretudo, gravata e chapéu. Flatcher sabia que era ele, afinal, quem mais ficaria plantado em uma ponte no meio da madrugada?
“A águia pousou.”, disse o delegado.
“A águia já está no ninho.”, disse o mensageiro.
“Eu preciso que você entregue esse envelope nas mãos do Thiago Afonso. Ele mora na Mansão Zurique. Você sabe onde fica?”
O mensageiro fez que sim com a cabeça.
"Todos sabem onde fica a Mansão Zurique."
Antes de os dois se dispersarem, Fukanaga disse:
“Certifique-se de que é ele mesmo.”
“Eu tomarei o cuidado, senhor.”

Thiago Afonso levantou de sua cama e foi para a copa tomar seu café da manhã. Sua mãe, Paola Helena, estava sentada à mesa, assim como seu pai, o imponente Henrique Zurique.
Enquanto seu pai lia as notícias do dia no Correio do Autoclismo, Thiago perguntou:
“Pai, quando eu vou poder sair dessa casa e estudar, trabalhar, viver... Você sabe, fazer coisas que pessoas normais fazem!"
“Você não é uma pessoa normal.”, respondeu Zurique, sem tirar os olhos do jornal. “Existem substâncias dentro do seu corpo que precisam ser drenadas.”
Thiago Afonso não respondeu. Terminou de tomar seu café da manhã e subiu para seu quarto. No corredor principal, Fofinha, como era conhecida a Governanta da Mansão Zurique, entregou um envelope para Thiago.
“O que é isso?”, perguntou ele.
“Apenas mantenha fora do alcance de seu pai.”, respondeu Fofinha, laconicamente.
Em seu quarto, Thiago abriu o envelope e leu a carta que estava dentro. Quando acabou de ler, percebeu que a polícia, ou melhor, o delegado da polícia, estava atrás dele; e o delegado tinha sido seu melhor amigo! De repente, ouviu seu pai chamar:
“Thiago, desça para fazermos a coleta!”
A coleta que Henrique Zurique se referiu era para retirar doses de uma substância presente no corpo de Thiago. Era por isso que seu pai não queria que seu filho saísse por aí. As pessoas poderiam pensar que ele era uma aberração.
O jovem desceu até o porão para fazer a coleta. No início, seu pai o amarrava em uma cadeira de dentista e Fofinha reforçava a segurança. Com o tempo, Thiago foi ficando menos resistente.
“Não vai doer nada.”, disse Zurique, segurando uma agulha hipodérmica. Ele sempre falava isso toda vez que eles faziam a coleta.
Seu pai injetara a agulha em sua testa para extrair o neurotransmissor inoculado em seu filho.
“Espere só a mídia descobrir isso!”, dizia Zurique, para si mesmo. “Eu vou dobrar minha fortuna! Quando eu revelar para a indústria farmacêutica que este soro é capaz de... Não se sabe do que esse soro é capaz, mas quando descobrirem, a ciência será revolucionada!”
Alguém bateu à porta. Era Paola Helena, esposa de Henrique Zurique, dizendo que uma pessoa telefonara, pedindo que Zurique atendesse. O magnata perguntou, de dentro do porão:
“Ele disse quem era?”
“É o cientista da Usina Nuclear... Ele quer discutir negócios...”
Henrique Zurique saiu do porão e dirigiu-se para o telefone. Enquanto, seu pai estava distraído, Thiago Afonso saiu do porão, subiu para seu quarto, e pensou em como responderia ao delegado da cidade.
[Final inconclusvo.]

Obrigado por ler até aqui.
Mais informações sobre eventos relacionados à Flatcher Fukanaga e à Thiago Afonso:
Primeira história em que Flatcher Fukanaga aparece: https://trespong.blogspot.com/2015/06/aventura-em-santos.html
Entrevista com Henrique Zurique (sobre cigarro): https://trespong.blogspot.com/2018/03/entrevista-com-henrique-zurique.html
História sem relação com o caso Thiago Afonso, mas que traz Flatcher Fukanaga como personagem: https://trespong.blogspot.com/2017/05/amizade-2-ilha-da-amizade.html

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