sábado, 13 de maio de 2017

Amizade #2 - A Ilha da Amizade

No ano de 1967, na Ilha da Amizade, a aproximadamente 2 horas da cidade de Juca Leão, no Estado de São Paulo, os Estados Unidos lançaram uma bomba química que afetou biologicamente a biodiversidade dos animais que ali viviam. Os efeitos do ataque desinibiram um hormônio neurotransmissor de uma espécie de tubarão que o impedia de voar. A Ilha da Amizade enfrentava então, um exército de tubarões voadores famintos por carne de humana, que acreditavam serem focas.
Além disso, a bomba química, uma reação de ácido acético (CH3COOH) e bicarbonato de sódio (NaHCO3), despertou Babilônia, a Grande, de seu sono milenar. A criatura apocalíptica era protetora das meretrizes e serviu de guia para o exército de tubarões voadores. Coube, então, ao pescador dinamarquês Harald Bjarnessen, que veio ao Brasil estudar o motivo de tal espécie de peixe preferir águas mais quentes; ao delegado canadense Flatcher Fukananga, de viagem de férias com sua família; e ao governador do Estado Thiago Afonso estudar algo que inibisse o neurotransmissor da espécie de tubarões e achar uma forma de injetar neles. Harald já havia visto um caso parecido em que andorinhas foram submetidas a um experimento e de repente não conseguiam mais voar. O pescador dinamarquês logo associou o neurotransmissor dos tubarões a algo que estava na corrente sanguínea de Babilônia, a Grande.
O governador Thiago Afonso conseguiu seduzir a criatura e, enquanto ela dormia, retirou uma amostra de seu sangue para o pescador analisar. Em laboratório, Harald descobriu que Babilônia possuía, em seu organismo, uma solução de acetato de sódio (CH3COO­Na) e hidróxido de amônio (NH4OH). Para neutralizar o hormônio neurotransmissor dos tubarões, o dinamarquês preparou uma solução de ácido clorídrico (HCl) e soda cáustica (NaOH).
O pescador Harald Bjarnessen, o governador Thiago Afonso e o delegado Flatcher Fukanaga, que não sabia nadar, então, alugaram um barco e partiram para injetar o antídoto nos tubarões. Harald sabia que, quando os tubarões deixassem de voar, Babilônia, a Grande, estaria morta. Para um efeito melhor, e mais efetivo, os homens acoplaram uma mangueira e, assim, iriam injetar a solução em cada tubarão.
O pescador, que estava conduzindo o barco, estacionou-o onde parecia ser o habitat dos tubarões, e esperou. Quando o primeiro apareceu, apertou com força o gatilho da traquitana e o animal voltou ao mar, com seu hormônio neurotransmissor inibido. Repetiu o processo com dois, três, quatro tubarões, mas não percebeu a presença de um quinto vindo em sua direção. O predador veio e arrancou-lhe a cabeça numa só abocanhada. Thiago e Flatcher assistiram horrorizados à cena. “E agora?”, pensaram eles. Flatcher, o delegado que não sabia nadar, pegou a traquitana e começou a atirar nos peixes cartilaginosos. Depois de alguns minutos, o delegado e o governador entreolharam-se e disseram: “Conseguimos!”. Babilônia, a Grande, veio ao encontro dos dois homens e disse: “Thiago Afonso, você me traiu!”. E, dizendo isso, apontou seu cajado para o barco, destruindo-o. Em seguida, a criatura apocalíptica protetora das meretrizes, caiu no mar, tendo seu corpo levado pela correnteza e afundado, sem ninguém ter uma pista de sua existência.

O delegado e o governador entreolharam-se novamente e começaram a rir. Agarrados em tábuas que restaram dos destroços do barco, os dois amigos retornaram à Ilha da Amizade.

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