Em certos domingos, costumamos almoçar
na residência de minha avó AM. Este domingo não foi diferente. Era um dia
quente de verão do mês de fevereiro e eu viera com meu pai, pois eu havia
acompanhado ele nas compras de supermercado da semana. Minha mãe e minha irmã
viriam mais tarde.
Ao chegar, eu encontrei meu avô
R, minhas primas O, C e L, além de minha avó AM e da assessora para assuntos especiais
S.
Meu pai foi para a cozinha
preparar o pato que ele cassara no dia anterior, quando nós fomos acampar na
Quinta do Manuel Grande, próximo à Rodovia que leva ao município de Freetown.
Eu cumprimentei minhas primas O,
C e L, minha avó AM, a assessora S e meu avô R, e sentei-me para ler um bom
livro. Minha avó AM sentou-se ao meu lado, e nós conversamos sobre cinema,
aproveitando o gancho da Cerimônia do Prêmio da Academia, ou Nascar.
Falamos o que achávamos de
diretores de cinema italiano, francês e americano, e minha avó AM elogiou o
primeiro filme de “streaming” a concorrer um prêmio do nível do Nascar. Falamos
sobre outros assuntos até minha mãe M chegar na residência de minha avó AM
junto de minha irmã M.
Meu pai M terminou de preparar o
pato cassado e nos sentamos à mesa para saborear a iguaria.
Depois do almoço, eu ajudei minha
avó AM a limpar a tralha de aplicativos extras no aparelho celular dela e
depois continuei a ler o bom livro.
Bateu um vento forte e derrubou
um porta retrato. Eu ajudei a limpar a bagunça e vim sentar-me frente à máquina
de datilografar para retratar meus sentimentos.
De repente, eu senti um forte
odor vindo dos ambientes inferiores. Olhei para baixo e vi o que parecia ser
uma poça de água. Olhei mais de perto, cheirei e até provei com a língua, para
ter certeza da minha hipótese. O laudo chegou ao meu sistema nervoso central e
então eu percebi que o forte cheiro era urina. Só podia ser da minha prima O,
que tem 12, quase 13, anos.
À noite, eu voltei para casa com
meu pai M, minha mãe M e minha irmã M; tomei banho e vesti meu pijama. Antes de
dormir, eu li mais um pouco do bom livro e tomei uma xícara de leite morno.
M.
A pequena crônica acima foi
escrita por um fiel leitor dá página e foi colada no mural de avisos da Sala de
Subversivos do Governo, no prédio em frente à prefeitura de Juca Leão.
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(pode ser crônica, ensaio, tese, poema, desenho, documentário, “docudrama”,
romance, cordel, curta ou longa-metragem, ou o que for) seja publicado, cole ou
deixe uma cópia do seu material em cima da mesa de submissões da Sala de
Subversivos do Governo. Nossos estagiários revisarão o conteúdo e, conforme
for, ele será publicado na página.
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