Desde o começo do
ano, eu vim demonstrando certo interesse por novelas. Comecei assistindo “O
Tempo Não Para” (que estava em seus últimos capítulos) e “O Sétimo Guardião”. A
novela das seis eu evitava, pois passava na hora do almoço com a minha família.
No entanto, quando eu ligava a televisão para assistir “O Tempo Não Para”, o
capítulo de “Espelho da Vida” estava no final, então eu assistia.
Por esse meio, eu
passei a me interessar pelo programa e a me envolver com a história e com as
personagens.
A narrativa me
lembrou de um livro que eu lera ano passado, entre setembro e novembro, chamado
“O Orfanato da Senhorita Peregrine para Crianças Peculiares”, de Ramson Riggs,
e que foi adaptado para o cinema com a direção de Tim Burton.
No livro, o jovem
Jacob, natural de uma cidade no interior da Flórida, resolve ir para uma ilha
no País de Gales, onde seu avô homônimo passara a infância em um orfanato para
crianças supostamente judias. Segundo o relato do avô, no dia 3 de setembro de
1942 (se eu não estiver enganado), um esquadrão de aviões nazistas bombardeou a
ilha, mas apenas o orfanato fora destruído. O avô sobrevivera ao ataque, porque
ele deixara o orfanato para tentar a vida na América.
Jacob, então, vai
para ilha com seu pai encontrar os vestígios do casarão que servira de lar para
seu avô. O menino chega até o local e descobre, por meio de intuição, uma fenda
no tempo dentro de um pequeno sítio arqueológico, que leva até o último dia de
vida dos habitantes do orfanato. Jacob descobre que eles estão vivendo em loop
o dia do ataque, graças a uma manobra da “ave”, que é como as crianças chamam a
Srta. Peregrine.
Isso dito, em “Espelho
da Vida” não é muito diferente. Cristina vive muito só na cidade de Rosa Branca
e, quando ela entra em um casarão supostamente abandonado e encontra um espelho
capaz de transportá-la para outras vidas, ela muda seu jeito de ver o mundo.
Nesse caso, Cris “viaja” para a década de 1930 e lá ela é conhecida por Júlia
Castelo.
Da mesma forma que
Jacob Portman é confundido com seu avô na Ilha de Cairnholm, Cristina também
tem sua antepassada na cidade de Rosa Branca.
Com isso, é possível
dizer que viagens no tempo e “reencontro” com outras vidas são temas muito
explorados no cinema, na literatura, na música e até onde a imaginação
permitir.
Apêndice: Mais obras que tratam do tema
passado/presente
Música “Jeanne” (Laurent
Voulzy)
A música “Jeanne” faz
referência a um episódio do Romantismo (escola literária que vingou durante o
século 18). Nessa época, viveu o poeta inglês Lord Byron, que era apaixonado
por uma pintura. A imagem representava uma jovem que vivera 100 anos antes do
escritor. Isso não importava, porque o amor não tem barreiras e Byron não se
limitava a amar uma figura enquadrada.
Alguns séculos mais
tarde, Laurent Voulzy compôs um álbum homenageando a Inglaterra, e esse evento
não podia faltar.
Novela “O Tempo Não
Para”
Parecido com “Espelho
da Vida”, mas invertido. Em vez do presente se encontrar com o passado, o
passado entrou os dias atuais.
A narrativa começa
quando as autoridades locais encontraram um pedaço de gelo no litoral de São
Paulo. Não demoram muito para perceberem que se trata de famílias que haviam
congelado e ficado à deriva no mar.
O gelo é levado para
uma clínica de criogenia para ser descongelado e, seu conteúdo, estudado.
Série de TV “The
Returned”
Na cidade de
Caldwell, algumas pessoas, com histórias bem diferentes (mas que estão
interligadas de certa forma) voltam à vida, apenas para prenunciar um fim
terrível à cidadezinha: a queda de uma barragem.
Série de TV “4400”
Dois policiais de
Seattle, James Baldwin e Diana Skouris, investigam a volta inesperada de 4.400
pessoas que apareceram de repente em um lago dentro de uma bolha. A primeira
pessoa a ter desaparecido foi uma garotinha chamada Maya, nos anos 1920; e uma
das últimas foi o sobrinho de Baldwin, Chad. Cada retornado desenvolve uma
habilidade sobrenatural e, com isso, eles vão se reintegrando à sociedade.
O filho de Baldwin
estava em um coma e só acordara após o retorno dos 4.400. Entre as pessoas que
desapareceram e depois voltaram estão Richard Tyler (que tem uma filha com
outra retornada) e Jordan Collier. A filha de Richard cresce e é descoberto que
ela produz naturalmente uma substância capaz de dar poderes sobrenaturais às
pessoas comuns. E Jordan seria uma espécie de “messias” que lideraria o povo à
Salvação, morreria e ressuscitaria, conforme a profecia.
A série mistura investigação
e ficção científica e é uma das minhas favoritas...
Série de TV “Glitch”
Uma série australiana
que retrata uma cidade do interior da Austrália chamada Yoorana. Certa noite há
uma movimentação no cemitério local e pessoas que morreram em diversas épocas
levantam de seus túmulos.
O delegado James, encarregado
do caso, leva o grupo para a clínica da Dra. McKellar para que eles possam se
recompor. Nisso, uma das retornadas reconhece o marido, James.
Há uma consequência
que eles logo descobrem: existe uma barreira invisível que impede os retornados
de ultrapassá-la, sob o risco de desintegrar.
No desenrolar da
trama, descobrimos que a indústria farmacêutica está por trás do mistério, com
enigmas mais profundos.
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