domingo, 24 de fevereiro de 2019

Um almoço normal na casa de AM


Em certos domingos, costumamos almoçar na residência de minha avó AM. Este domingo não foi diferente. Era um dia quente de verão do mês de fevereiro e eu viera com meu pai, pois eu havia acompanhado ele nas compras de supermercado da semana. Minha mãe e minha irmã viriam mais tarde.
Ao chegar, eu encontrei meu avô R, minhas primas O, C e L, além de minha avó AM e da assessora para assuntos especiais S.
Meu pai foi para a cozinha preparar o pato que ele cassara no dia anterior, quando nós fomos acampar na Quinta do Manuel Grande, próximo à Rodovia que leva ao município de Freetown.
Eu cumprimentei minhas primas O, C e L, minha avó AM, a assessora S e meu avô R, e sentei-me para ler um bom livro. Minha avó AM sentou-se ao meu lado, e nós conversamos sobre cinema, aproveitando o gancho da Cerimônia do Prêmio da Academia, ou Nascar.
Falamos o que achávamos de diretores de cinema italiano, francês e americano, e minha avó AM elogiou o primeiro filme de “streaming” a concorrer um prêmio do nível do Nascar. Falamos sobre outros assuntos até minha mãe M chegar na residência de minha avó AM junto de minha irmã M.
Meu pai M terminou de preparar o pato cassado e nos sentamos à mesa para saborear a iguaria.
Depois do almoço, eu ajudei minha avó AM a limpar a tralha de aplicativos extras no aparelho celular dela e depois continuei a ler o bom livro.
Bateu um vento forte e derrubou um porta retrato. Eu ajudei a limpar a bagunça e vim sentar-me frente à máquina de datilografar para retratar meus sentimentos.
De repente, eu senti um forte odor vindo dos ambientes inferiores. Olhei para baixo e vi o que parecia ser uma poça de água. Olhei mais de perto, cheirei e até provei com a língua, para ter certeza da minha hipótese. O laudo chegou ao meu sistema nervoso central e então eu percebi que o forte cheiro era urina. Só podia ser da minha prima O, que tem 12, quase 13, anos.
À noite, eu voltei para casa com meu pai M, minha mãe M e minha irmã M; tomei banho e vesti meu pijama. Antes de dormir, eu li mais um pouco do bom livro e tomei uma xícara de leite morno.
M.

A pequena crônica acima foi escrita por um fiel leitor dá página e foi colada no mural de avisos da Sala de Subversivos do Governo, no prédio em frente à prefeitura de Juca Leão.
Se você também quer que seu texto (pode ser crônica, ensaio, tese, poema, desenho, documentário, “docudrama”, romance, cordel, curta ou longa-metragem, ou o que for) seja publicado, cole ou deixe uma cópia do seu material em cima da mesa de submissões da Sala de Subversivos do Governo. Nossos estagiários revisarão o conteúdo e, conforme for, ele será publicado na página.
Obrigado.

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Passado e presente na cultura popular




Desde o começo do ano, eu vim demonstrando certo interesse por novelas. Comecei assistindo “O Tempo Não Para” (que estava em seus últimos capítulos) e “O Sétimo Guardião”. A novela das seis eu evitava, pois passava na hora do almoço com a minha família. No entanto, quando eu ligava a televisão para assistir “O Tempo Não Para”, o capítulo de “Espelho da Vida” estava no final, então eu assistia.
Por esse meio, eu passei a me interessar pelo programa e a me envolver com a história e com as personagens.
A narrativa me lembrou de um livro que eu lera ano passado, entre setembro e novembro, chamado “O Orfanato da Senhorita Peregrine para Crianças Peculiares”, de Ramson Riggs, e que foi adaptado para o cinema com a direção de Tim Burton.
No livro, o jovem Jacob, natural de uma cidade no interior da Flórida, resolve ir para uma ilha no País de Gales, onde seu avô homônimo passara a infância em um orfanato para crianças supostamente judias. Segundo o relato do avô, no dia 3 de setembro de 1942 (se eu não estiver enganado), um esquadrão de aviões nazistas bombardeou a ilha, mas apenas o orfanato fora destruído. O avô sobrevivera ao ataque, porque ele deixara o orfanato para tentar a vida na América.
Jacob, então, vai para ilha com seu pai encontrar os vestígios do casarão que servira de lar para seu avô. O menino chega até o local e descobre, por meio de intuição, uma fenda no tempo dentro de um pequeno sítio arqueológico, que leva até o último dia de vida dos habitantes do orfanato. Jacob descobre que eles estão vivendo em loop o dia do ataque, graças a uma manobra da “ave”, que é como as crianças chamam a Srta. Peregrine.
Isso dito, em “Espelho da Vida” não é muito diferente. Cristina vive muito só na cidade de Rosa Branca e, quando ela entra em um casarão supostamente abandonado e encontra um espelho capaz de transportá-la para outras vidas, ela muda seu jeito de ver o mundo. Nesse caso, Cris “viaja” para a década de 1930 e lá ela é conhecida por Júlia Castelo.
Da mesma forma que Jacob Portman é confundido com seu avô na Ilha de Cairnholm, Cristina também tem sua antepassada na cidade de Rosa Branca.
Com isso, é possível dizer que viagens no tempo e “reencontro” com outras vidas são temas muito explorados no cinema, na literatura, na música e até onde a imaginação permitir.


Apêndice: Mais obras que tratam do tema passado/presente



Música “Jeanne” (Laurent Voulzy)
A música “Jeanne” faz referência a um episódio do Romantismo (escola literária que vingou durante o século 18). Nessa época, viveu o poeta inglês Lord Byron, que era apaixonado por uma pintura. A imagem representava uma jovem que vivera 100 anos antes do escritor. Isso não importava, porque o amor não tem barreiras e Byron não se limitava a amar uma figura enquadrada.
Alguns séculos mais tarde, Laurent Voulzy compôs um álbum homenageando a Inglaterra, e esse evento não podia faltar.

Novela “O Tempo Não Para”
Parecido com “Espelho da Vida”, mas invertido. Em vez do presente se encontrar com o passado, o passado entrou os dias atuais.
A narrativa começa quando as autoridades locais encontraram um pedaço de gelo no litoral de São Paulo. Não demoram muito para perceberem que se trata de famílias que haviam congelado e ficado à deriva no mar.
O gelo é levado para uma clínica de criogenia para ser descongelado e, seu conteúdo, estudado.

Série de TV “The Returned”
Na cidade de Caldwell, algumas pessoas, com histórias bem diferentes (mas que estão interligadas de certa forma) voltam à vida, apenas para prenunciar um fim terrível à cidadezinha: a queda de uma barragem.

Série de TV “4400”
Dois policiais de Seattle, James Baldwin e Diana Skouris, investigam a volta inesperada de 4.400 pessoas que apareceram de repente em um lago dentro de uma bolha. A primeira pessoa a ter desaparecido foi uma garotinha chamada Maya, nos anos 1920; e uma das últimas foi o sobrinho de Baldwin, Chad. Cada retornado desenvolve uma habilidade sobrenatural e, com isso, eles vão se reintegrando à sociedade.
O filho de Baldwin estava em um coma e só acordara após o retorno dos 4.400. Entre as pessoas que desapareceram e depois voltaram estão Richard Tyler (que tem uma filha com outra retornada) e Jordan Collier. A filha de Richard cresce e é descoberto que ela produz naturalmente uma substância capaz de dar poderes sobrenaturais às pessoas comuns. E Jordan seria uma espécie de “messias” que lideraria o povo à Salvação, morreria e ressuscitaria, conforme a profecia.
A série mistura investigação e ficção científica e é uma das minhas favoritas...

Série de TV “Glitch”
Uma série australiana que retrata uma cidade do interior da Austrália chamada Yoorana. Certa noite há uma movimentação no cemitério local e pessoas que morreram em diversas épocas levantam de seus túmulos.
O delegado James, encarregado do caso, leva o grupo para a clínica da Dra. McKellar para que eles possam se recompor. Nisso, uma das retornadas reconhece o marido, James.
Há uma consequência que eles logo descobrem: existe uma barreira invisível que impede os retornados de ultrapassá-la, sob o risco de desintegrar.

No desenrolar da trama, descobrimos que a indústria farmacêutica está por trás do mistério, com enigmas mais profundos.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Propaganda comunista


Em 1975, um americano e um soviético morreram, e foram direto para a fila do inferno.
Chegando no demônio, ele disse: Ivan Ivanov e John Smith?
Os dois respondem: Somos nós!
- Olha, vocês dois, esse é o sistema, como ainda estamos no contexto da Guerra Fria, o inferno se adaptou a ela, então vocês escolhem, ou vão para o inferno americano ou para o soviético, para onde querem ir?
O americano, sem entender, pergunta: - Qual a diferença entre os dois infernos?
E o demônio responde: - No americano, vocês fazem o que quiserem, mas serão obrigados a comer um pacote de Cheetos a cada manhã.
O soviético, com medo de levar bala, nem pergunta nada.
E o americano replica: - E no soviético?
O demônio responde de novo: - Lá, ninguém corre o risco de passar fome, o desemprego é de 0,001%, a saúde é gratuita e de qualidade, mas o pacote de Cheetos é quatro vezes maior.
Certo, agora que já sabem, digam para onde querem ir, e lembrem-se que a escolha não tem volta até que o mundo mude!
O americano diz: - Eu hem! Prefiro ficar doente, passar fome e ficar sem emprego a comer quatro pacotes de Cheetos! Eu vou é para o inferno americano!
O soviético responde: - Eu não sou bobo, vou para a pátria amada, União Soviética!
Passaram-se quatorze anos. O muro de Berlim caiu e o dos infernos também. Smith e Ivanov se encontraram.
O soviético pergunta: - Como foi no inferno americano, sr. Smith?
E o americano responde: - Era muito bom, me dei bem! Virei patrão de uns empregados imbecis... O duro era comer aquele Cheetos todo dia, mas e no soviético, foi muito ruim, os quatro pacotes de Cheetos?
E o soviético: - Claro que não! Eu trabalhava, era bem alimentado e quando tinha gripe, já era bem atendido, nem parecia um inferno.
E o americano, irritado por ter de repetir, pergunta: - Mas e aquela parte? Dos quatro, cinco pacotes?
E o soviético: - Ah, não, esse inferno era igualzinho à URSS! O Cheetos raramente chegava em casa, e quando chegava, era racionado! Vinha um trocinho e, muitas vezes, o Estado vinha buscar de volta, eu nunca comi sequer um Cheetos!

Nota: A palavra "balde de b****" foi substituída por "pacote de Cheetos", para manter a qualidade de piada para a família, afinal, nós somos um portal livre para todos, sem precisar apelar para essa baixaria de palavras de calão. No entanto, o sentido não foi alterado.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

sábado, 9 de fevereiro de 2019

Sobre Javalândia (a terra de Thiago Afonso)


Recentemente, Flatcher Fukanaga, o delegado de Juca Leão, auxiliado de Natalie Amarante, buscou arquivos com relação ao paradeiro de seu melhor amigo Thiago Afonso.
Segundo Cirilo, outro delegado da cidade, já aposentado, Thiago Afonso caíra do céu em seu quintal enquanto ainda era um bebê. Ele e sua esposa, Maria Joaquina, resgataram a criança e, com a ajuda de jovens da Equipe da Salvação (hoje considerados subversivos ao governo), conseguiram decifrar as inscrições na nave, percebendo que ela viera de um planeta chamado Azeitona.
Nessa mesma época, Flatcher Fukanaga nasceu. Isso explica a semelhança de idade entre ele e Thiago.
O delegado queria respostas. Ele queria saber o que era esse tal Planeta Azeitona que o Cirilo se referiu anos atrás. A Equipe da Salvação envolveu-se em um escândalo de conspiração com o governo, gerando crises internas e, por esse motivo, houve uma cisão. Cada um dos membros, agente M, agente E, agente I e agente S, foram para uma das quatro capitais do sudeste. Agente E estava em São Paulo, a cidade mais próxima de Juca Leão. Foi para lá que Flatcher conduziu a viatura.
Chegando ao endereço de agente E, o delegado bateu à porta. Seu apartamento ficava em um prédio no bairro do Ipiranga, na região central da cidade, e parecia ter sido construído nos anos 1950. Flatcher viu a porta se entreabrir, com uma corrente bloqueando-a.
“Pois não...”, perguntou E.
“Sou o delegado Flatcher Fukanaga. Nós falamos ao telefone algumas horas atrás”.
Agente E pareceu hesitar. Em seguida, destrancou a porta e abriu-a.
“Sim, sim! Senhor Fukanaga! Pode entrar.”
Agente E tinha dez anos a mais que o delegado. Ele tinha uma barriga avantajada e usava uma camisa estampada. Não usava nada abaixo da cintura, exceto um par de calças e um par de pantufas. Ele segurava uma caneca e tinha um olhar cansado. A barba estava por fazer e seus poucos cabelos estavam desgrenhados.
Flatcher Fukanaga entrou, cruzou um corredor, chegou à sala e E indicou uma poltrona próxima ao assento onde o agente estava sentado antes da visita esperada do oficial.
“O senhor aceita algo para beber?”, perguntou agente E.
“Eu aceito um copo d’água”, disse o delegado.
O agente foi buscar a bebida de Flatcher. A sala levava a três outras câmaras, que o delegado sugeriu ser o quarto de dormir, a cozinha e o banheiro. A sala não estava desorganizada; o escritório de agente E era lá mesmo. Uma mesa ao fundo trazia garrafas de bebidas gasosas (típicas da tradição italiana) e de salsaparrilha, além de retratos que pareciam ser da família. Flatcher passou o olho por uma fotografia. Pareciam ser os integrantes da Equipe da Salvação, quando ainda eram adolescentes. Sugeriu que o de óculos era o agente M; o gorducho seria o agente E; a agente I tinha os cabelos soltos e era a mais baixinha do grupo; e a agente S tinha os olhos amendoados. Era exatamente como lera a respeito, nos documentos da delegacia.
“Vejo que você se interessou por essa fotografia.”, disse o agente E, trazendo a água e entregando o copo ao delegado.
“Quantos anos vocês tinham nessa foto?”
“Treze, por quê?”
“Por nada.”, Flatcher balançou a cabeça e pegou o copo. “Agente E, sente-se.”
Agente E sentou-se. Fukanaga contou a ele o que sabia do caso Azeitona — como ficou conhecido o paradeiro do alienígena Thiago Afonso.
“E o que aconteceu quando o garoto foi para a Usina?”, perguntou o agente E.
“Foi a maior confusão... Deu notícia até na Rede Cubo”, suspirou Flatcher, lembrando-se das reportagens do Valdir Tejano. “Mas o que eu quero saber é o que aconteceu antes, quando meu amigo chegou a Terra. A nave... O que estava escrito nela? Vocês encontraram alguma coisa?”
Agente E tomou ar, como se fosse fazer um discurso, tentando lembrar-se de algo importante. Seus olhos brilhavam.
“Delegado, você procurou a pessoa certa! Desde pequeno, eu era fascinado por semiótica.”, Agente E caminhou até sua mesa de estudos, de onde puxou uma gaveta e pegou uma pasta. “Aqui estão arquivados anos e anos de pesquisa, que eu andei trabalhando em Juca Leão, até a infeliz intervenção do governo sobre o Grupo.”
O agente abriu a pasta e pegou uma das folhas.
“Este documento eu encontrei nas coisas do Thiago Afonso, dentro de sua nave. Depois de muitas noites acordado, consegui traduzir o que diziam aquelas letras... Era uma carta, afinal de contas! O garoto não caiu na Terra por acaso. Foi tudo um plano. De acordo com o texto, ele é a salvação da humanidade! Veja com seus olhos, delegado.”
Flatcher pegou o documento com cuidado, como se estivesse tocando em uma escritura antiga, e o examinou. A carta, traduzida pelo agente, dizia:

Aos terráqueos que encontrarem nosso último herdeiro.
Nosso planeta está sendo ameaçado de destruição. O ditador Lozivaldo tomou o poder e fez aliança com Mardoqueu, outro líder influente, mas no planeta vizinho. Mardoqueu pretende pilhar nosso lar e acabar com todas nossas reservas. Por esse motivo, estamos enviando, por meio de tecnologia de ponta, nosso primogênito, Thiago Afonso. Ele encaminhará a humanidade a outro patamar, se receber treinamento adequado. Para tanto, o menino será enviado junto a um livro de educação javalandesa. Esperamos ter esclarecido algumas coisas... O resto, apenas o tempo poderá dizer.
Atenciosamente, Setúbal, chefe do clã Afonso.

Flatcher mal podia acreditar no que estava lendo. As disputas políticas, os anseios da população... Parecia tão igual às questões na Terra!
Percebendo que o delegado terminara a leitura, agente E entregou-lhe outra folha de papel. Ela estava rabiscada e amassada, mas ainda podia entender alguma coisa.
“Eu fiz um glossário... Traduzi algumas palavras da Javalândia e fiz esse compilado.”, disse.
Flatcher Fukanaga observou atentamente o papel, como uma criança que descobre algo novo. Era uma lista rasa, sim, mas o conteúdo era profundo.
Dicionário da Javalândia (compilado por Agente Eduardo Solimão da Equipe da Salvação com base no Livro de Educação Javalandesa):


Avestruz: Xitco
Aventura: Picxo
Beijo: Ticotix
Banco: Quitox
Carro: Chix
Carona: Chixe
Direita: Xipe
Dicionário: Livex
Esquerda: Xixpy
Elefante: Micotopix
Fraco: Frixe
Forte: Trixe
Gelo: Hicobe
Grilo: Rikob
Hipopótamo: Melocox
Hiena: Nehsco
Índio: Jumbalaia
Iniciando: Chicop
Jeito: Jix
Jipe: Chix
Kart: Karty
Ketchup: Ketchupy
Lesma: Demoretion
Leito: Picopy
Manto: Lingu
Mário: Mario’
Ninhada: Conjinho
Natália: Natalia’
Ovo: Linmilestatic
Onda: Gwaró
Paletó: Zarócaroda
Pato: Dêngua
Qerida: Estlobö
Queijo: Stalenoj
Rato: Stango
Roda: Balneta
Sofia: Sofia’
Sílvio: Silvio’
Tamanduá: Fonga
Tiro: Munirma
Uva: Dólinhas
Ulton: *Ulton*s
Vento: Ara
Vulção: Vunição
Waffle: Waffley
Walkover: Walkovery
Xícara: Chopo
Xácara: Sitasa
Yearling: Etrusco
Yin-yang: Fenício
Zumbaneira: Múdica
Zoogeográfico: Páses


O delegado notou que havia alguns erros ortográficos na lista e resolveu comentar.
“Isso não é nada, senhor delegado!”, disse o agente E. “É que eu comecei a estudar semiótica da Javalândia desde meus onze anos, então é normal que alguns erros aconteçam...”.
Flatcher Fukanaga sorriu.
“Tem mais alguma coisa que você gostaria de me mostrar?”
O agente E pegou o livro de Educação Javalandesa e abriu-o em certa página, pegando um papel já gasto pelo tempo e amarelado.
“Este aqui é o planisfério que veio anexo ao Livro. Por favor, contemple!”
O delegado pode perceber que havia três grandes continentes. Pipino, Mashmellow e Alcachofra, este último dividido em 16 frações (que deveriam ser os países) e cortado ao meio por um rio chamado Suco de Uva. Um dos países localizados a leste do rio era a famosa Javalândia e, mais abaixo, podia-se perceber a capital do continente: Lumpalândia. Três oceanos encharcavam o planeta: Lupa-Lupa, Parítico e Gewcold. Os polos nordeste e sudoeste alcançavam as extremidades e duas grandes ilhas acompanhavam os continentes: Ilhas do Norte e Ilha de Mash.
O delegado levantou-se, pensativo.
“Agente E, creio que eu já sei o suficiente sobre a procedência de meu amigo extraterrestre Thiago Afonso! Obrigado pela ajuda.”
“Não foi nada.”, disse o agente. “É sempre bom ajudar um amigo.”
Flatcher Fukanaga e Agente E dirigiram-se à porta de entrada para aguardar o elevador. Ambos cumprimentaram-se e abraçaram-se. Flatcher Fukanaga deu o número de celular para o agente, assim eles poderiam manter contato.
Desse modo, o delegado de Juca Leão voltou à sua cidade com informações fresquinhas sobre o paradeiro de seu melhor amigo.

Postagem em destaque

Motivos para não votar no PT (copypasta)

Eu encontrei esse texto em um comentário de um vídeo no youtube que mostrava um posicionamento da oposição. O autor é “Sr TNK”. 01) E...