Marquei
um encontro com minha aliada Nina na cobertura da Corporação. Disse a ela que
era muito importante e que ela deveria vir sozinha. Chovia.
— Matheus, eu tenho que te falar algo. —
disse ela.
— Que coincidência. Eu também.
Estávamos próximos um do outro.
— Diga você primeiro. — eu falei.
— Matheus, como você sabe, minhas notas
não estão indo bem... — ela desviou o olhar. Eu sabia onde ela queria chegar.
— Não diga mais nada. — eu a interrompi. — Eu sei como é essa sensação, querida. — acariciei seu rosto. — Eu já passei por isso. Sinto muito.
— Não diga mais nada. — eu a interrompi. — Eu sei como é essa sensação, querida. — acariciei seu rosto. — Eu já passei por isso. Sinto muito.
— Diga, meu amor, o que você tem a dizer. — disse Nina, com seu
olhar flamejante.
— Eu fiz algumas pesquisas, pensei muito e
muito, mesmo. E cheguei à conclusão de que eu não vou fazer o Ensino Médio na
Corporação. Vou terminar o ensino básico em outro lugar. Não é que eu tenha
medo, é que eu acho que a minha imagem aqui já está desgastada...
— Eu não sei como é isso, Matheus, mas eu
compreendo a sua posição. Você deve ir para onde você se sentir melhor.
— Obrigado, Nina. — disse, sorrindo para
ela. — Aliás, tem mais uma coisa.
— Diga, querido.
— Eu meio que estou envolvido em um
esquema de produção ilegal de ésteres e a polícia portuguesa está na minha
cola.
Quase sem acabar a frase, eu e minha
aliada escutamos um som de hélices de helicóptero próximas da gente. Os
portugueses haviam chegado para me prender. Em segundos, um helicóptero havia
pousado no heliporto da Corporação e dezenas de atiradores de elite subiam
escada acima para me prender. Uma porta se abriu. Tiros ecoavam pela cobertura
e a chuva agora era uma tempestade. Eu fui baleado. Nina ajoelhou-se ao meu
lado.
— Nina... — consegui dizer, em meio ao sangue que jorrava do meu corpo. — Me prometa uma coisa...
— Qualquer coisa, querido... — sua voz era
um soluço atrás do outro. — Qualquer coisa...
— Me prometa que você sempre vai me amar,
não importa o que estiver na nossa frente...
— Eu prometo... Eu prometo por tudo que é
mais sagrado nesse mundo!
— Me beije... — disse, mas minha voz era
quase um sussurro de dor.
— O que você disse? — Nina encostou seu
ouvido no meu rosto. Suas lágrimas confundiam-se com a água da chuva.
— Me beije... — repeti, sentindo mais dor
e perdendo mais sangue.
Sem pensar duas vezes, minha aliada Nina
debruçou-se sobre mim e hesitou. Um atirador de elite se aproximou de nós.
— Eu não posso fazer isso, Matheus... — sua dor parecia ser maior que a minha. — Eu gosto de você, mas como amigo... Espero que entenda.
Engoli em seco. Eu respeitava a opinião da minha aliada.
— Você terá de vir conosco, senhorzinho. — disse o atirador de elite.
Levantei, limpei o sangue do meu rosto e um grupo de atiradores de elite me algemou. Entramos no helicóptero com destino a Portugal, para o julgamento.
Nina permaneceu na cobertura da Corporação por um tempo e depois saiu de cena.
— Eu não posso fazer isso, Matheus... — sua dor parecia ser maior que a minha. — Eu gosto de você, mas como amigo... Espero que entenda.
Engoli em seco. Eu respeitava a opinião da minha aliada.
— Você terá de vir conosco, senhorzinho. — disse o atirador de elite.
Levantei, limpei o sangue do meu rosto e um grupo de atiradores de elite me algemou. Entramos no helicóptero com destino a Portugal, para o julgamento.
Nina permaneceu na cobertura da Corporação por um tempo e depois saiu de cena.
Fim deste ato.
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