domingo, 7 de julho de 2019

A Música do Século


Amadeo Tadeo Steinbeck nasceu em 1826, no município de Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Ele era filho de um negro alforriado com uma pastora de camelos, e tornou-se um dos músicos mais conhecidos da história do Brasil.
Sua trajetória começa quando um de seus colegas de escola primária, Emanuel, filho do conde de Índigo, o convida, depois de gente grande, para estudar na Academia de Belas Artes de Paris. Emanuel desde cedo percebera que Amadeo Tadeo nascera para a poesia e, mais tarde, para a música.
Apesar de mulato, sua recepção na gloriosa cidade de Paris foi calorosa. Todos aclamavam Amadeo Tadeo como se fosse um nobre cavalheiro, apenas por ser amigo de Emanuel.
Certa tarde, depois de caminhar às margens do rio Seine, Amadeo Tadeo entrou em um bistrô para degustar um croix-Saint aux chocolat. De repente, algo lhe veio à mente. Amadeo Tadeo pegou um guardanapo para rabiscar suas ideias. Assim, ele poderia debruçar-se em sua mesa na kitchenette, que ele dividia com Emanuel, e outros dois estudantes de Belas Artes, François e Nicolas.
Nas duas semanas seguintes, Amadeo Tadeo não dormiu e comeu pouco, trabalhando em sua obra que seria conhecida como a poesia do século, musicada cento e cinquenta anos mais tarde, em 2006, pelo grupo Os Sulfúricos. Emanuel preocupou-se ao ver Amadeo Tadeo sem cuidar de sua higiene básica, mas ele lembrou-se que estava em Paris e ficou tudo bem.
Em algum dia de maio de 1856, Amadeo Tadeo saiu de seu quartinho empoeirado com um manuscrito: a Poesia do século!
Amadeo Tadeo gastou sua pequena fortuna de 30 francos para publicar sua Poesia na Gazette Française. De início, a recepção parisiense não foi muito boa (aqueles frescos!), mas, meio século depois de sua morte, as coisas mudariam.
Amadeo Tadeo, vendo que sua Opera Magna não obteve o sucesso esperado, entrou no mundo do alcoolismo e começou a cometer pequenos delitos, sendo que, em um deles, o Poeta assaltou um dos netos do rei Luís Felipe I, levando-o ao cárcere. Depois de uma série de julgamentos, Amadeo Tadeo foi deportado para o Brasil e lá passou a viver na Rua da Amargura, acompanhado de bebidas alcoólicas muito fortes.
Uma de suas paixões após a deportação chamava-se Maria Antônia de La Mare. Mulata, de seios fartos, ela era natural da Ilha do Governador e, além disso, não dava chance para Amadeo Tadeo. Maria Antônia de La Mare preferia os ricaços do Botafogo.
Sendo assim, Amadeo Tadeo contentava-se com as prostitutas de luxo que ele pagava com a remuneração de suas crônicas semanais na Gazeta Fluminense.
Foi desse modo que o grande Gênio da Poesia e Literatura brasileira passou seus últimos anos. Em 1899, Amadeo Tadeo foi encontrado morto abraçado a uma garrafa de bebida alcoólica forte, vítima de cirrose pancreática hormonal.
Em seu testamento, apesar de não ter posses, deixou claro que sua Poesia deveria ser lembrada como patrimônio cultural. O General Floriano Peixoto chegou a erguer um busto no Palácio de São Cristóvão em tributo a Amadeo Tadeo, mas a estátua sumiu misteriosamente quando Washington Luís deixou o cargo da presidência.
Em 2006, estudantes da escola Amadeo Tadeo Steinbeck, em Niterói, encontraram um artigo da Gazette Française relatando o fracasso da obra prima de Amadeo Tadeo. Esses estudantes tinham uma banda, e eles resolveram reunir-se na garagem de um deles para musicar a Poesia.
A banda chamar-se-ia Os Sulfúricos. A música produzida ficou anos nas paradas do Brasil. Ninguém falava de outra coisa a não ser a Poesia de Amadeo Tadeo Steinbeck.
A Poesia de Amadeo Tadeo tratava de um fidalgo que queria muito dar uma festa. Ele convidou todos os nobres de seu convívio social (marqueses, condes, duques, viscondes, barões etc.) para varar a madrugada. Todos que ele convidou compareceram. Para comer, o fidalgo preparou um manjar de acerola com avelã. Os presentes que provaram a sobremesa tiveram mal-estar, e passaram o resto da festa no banheiro.
Um dos exemplos que Amadeo Tadeo dá é o de uma duquesa (Joanne de Seville) que mal podia se mexer, por causa das cólicas gastrointestinais. Outro caso foi do barão Léon de Orléans, que entupiu a fossa séptica, e foi preciso cavar outra. Antoine Piaget, um coletor de impostos, expulsou o barão León do “banheiro” para poder usá-lo. Foi um festival de horrores. Não há dúvidas de por que a pudica sociedade francesa do século XIX não gostara da Poesia de Amadeo Tadeo.
A música de Os Sulfúricos, no entanto, deu luz à ideia magna de Amadeo Tadeo, e, se o Grande Poeta estivesse vivo hoje, com certeza ele seria recebido com muitos aplausos!

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