terça-feira, 14 de maio de 2019

O jogo de Uno




Temer, Toffoli e Maia, juntos em um quartinho. Temer, o astuto, tirou um volume de seu bolso, e mostrou a seus companheiros um baralho do jogo Uno. Antes de começarem, alguém bateu à porta:
“Posso entrar?”
Era Eunício Oliveira, vizinho de Rodrigo Maia.
“Senha...”, inquiriu Toffoli.
“Nós não temos senha, pateta!”, reclamou Eunício.
Eunício Oliveira entrou no quartinho e sentou-se junto aos companheiros. Temer dividiu as cartas e eles começaram a jogar.
“Eu sou o Rei do Uno!”, vangloriou-se Toffoli.
“Vai sonhando...”, contradisse Temer.
“Só se for Rei do Fiat Uno! Muahahaha!”, riu Eunício.
Algumas horas mais tarde, Temer e Eunício Oliveira tiveram que se retirar.
“Não se esquece de devolver o Uno amanhã!”, alertou Temer.
Sobraram, então, no quartinho, Toffoli, que tinha ganhado quase todas as partidas, e Rodrigo Maia.
Jair Bolsonaro entrou no quartinho segurando uma garrafa de Mountain Dew.
“Eu espero... Não... Ter chegado... Muito... Tarde!”, disse.
“Eunício e Temer arredaram o pé.”, disse Maia.
“Alcolumbre... Está vindo... Com o... Pacote... De Doritos!”, disse Bolsonaro.
“Obrigado por avisar!”, disse Toffoli.
Não muito tempo depois, Alcolumbre chegou com o pacote de Doritos e sentou-se junto de Toffoli, Bolsonaro e Maia. Eles iniciaram a partida de Uno já se embebedando de Mountain Dew e se empanturrando de Doritos.
“Se eu não for bom nesse jogo”, começou Toffoli. “Eu me chamo Cameron Diaz Toffoli!”
“O Toffoli já está sentindo o efeito do Mountain Dew...”, observou Alcolumbre.
“Eu nem batizei a bebida!”, objetou Bolsonaro.
“E nem precisa!”, disse Alcolumbre.
“O Toffoli fica bêbado até com água!”, explicou Maia. “A Carmen que me contou.”
Depois de horas de partidas de Uno, Bolsonaro encontrou-se com vinte mil cartas na mão, enquanto Toffoli e Alcolumbre mantinham a liderança com apenas uma carta. Maia estava estável, com três ou quatro cartas.
De repente, Maia jogou um “mais quatro”. Bolsonaro jogou outro “mais quatro”. E Alcolumbre jogou mais um “mais quatro”. Iniciou-se a Guerra. A Grande Guerra do “Mais Quatro”. Toffoli, então, viu-se obrigado a comprar doze cartas. Com isso, Alcolumbre bateu o jogo com uma carta de número “seis” da cor “vermelha”.
Bolsonaro, Toffoli, Alcolumbre e Maia olharam o relógio digital que estava em cima da geladeira, onde eles mantinham refrigeradas as garrafas de Mountain Dew. Quatro horas da madrugada. No dia seguinte, haveria aula.
Os meninos não se preocuparam. Ligaram a televisão para assistir aos filmes da Matinê, para se distrair. Então, um a um, caíram em um sono profundo. Primeiro foi o Bolsonaro. Depois, Maia. Em seguida, Toffoli. E, por fim, Alcolumbre. Um deles levantou-se para desligar o aparelho televisor e voltou a dormir.
Ao amanhecer, a vida continuava. Cada um para seu canto da sala de aula. Bolsonaro iria para o lado executivo. Maia e Alcolumbre iriam para o lado legislativo. E Toffoli iria para o lado judiciário.
Para efeito de demonstração, o lado executivo era a fileira de carteiras à frente, o lado legislativo com mais alunos era a coluna de carteiras à direita, e com menos alunos era a coluna de carteiras à esquerda, e o lado judiciário era a fileira de carteiras ao fundo. Era geralmente a turma do Toffoli que tocava o terror durante as aulas!
Temer e Eunício não estudavam nessa turma. Eles eram mais velhos...


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