terça-feira, 31 de julho de 2018

Garoto das Oliveiras é Detido por Tentativa de Heterosexualismo

"A pior coisa que eu já fiz", diz garoto para imprensa, neste caso, a Rede Cubo de Comunicação.


Quarta-feira, 13 de junho de 2012.

Beó diz que rapaz só queria pedir menina em namoro.

Um estudante de uma escola no bairro Alto das Oliveiras, em Juca Leão (SP), foi detido na tarde da terça-feira (12). Ele queria provar sua heterossexualidade pedindo uma estudante em namoro.

O beó — realizado pela própria vítima — aponta que o meliante atreveu-se a escrever uma carta com um pedido de namoro, que foi colocada no estojo da vítima. A prova do crime continha frases sentimentalistas de um macho alfa apaixonado.

Flatcher Fukanaga é o acusado. Ele tem treze anos e tem problemas com a polícia de JL ao tentar investigar um caso no ano passado, envolvendo a Usina Nuclear de nossa cidade e um garoto com poderes especiais.

O delegado encarregado do caso é Cirilo Golgi, do 69o distrito policial. Fukanaga ficará detido por mais "duas ou três semanas, talvez meses", de acordo com a sentença dada pelo Juiz Valdir Tejano (que por incrível coincidência também é o redator desta matéria).

Em defesa dele mesmo, Fukanaga disse que era apaixonado pela menina que ele propôs e que não se arrependia "de maneira alguma. A justiça desse país é ineficaz contra coisas maiores e fica fuçando a vida de moleques.", reclamou o moleque, se referindo ao caso do ano passado (ver "Escândalo da Usina", edição de fev/2012).

A prática do heterossexualismo é um crime federal previsto na Constituição do Consumidor Penal.


Sobre o autor:

Valdir Tejano é jornalista da Rede Cubo, juiz criminal, árbitro de futebol e radialista da 42.1 FM - a rádio maratona. Ele é homem, casado com outra jornalista da Rede Cubo e vive em Juca Leão provavelmente há mais tempo que você. Valdir é 100% imparcial em seus textos.

Alerta para surto de Lampamíneas e Lampamel


Segunda-feira, 09 de julho de 2018

Lampamíneas (à esquerda) e Lampamel (à direita) já contaminaram quase 1 milhão de pessoas.

Doenças têm suas raízes no Brasil colonial, segundo pesquisas.

No último fim de semana, a Organização Mundial da Saúde registrou mais de 600.000 casos de Lampamíneas e outros 150.000 de Lampamel — uma variação da primeira. O surto vem ocorrendo desde o começo do mês e os números são alarmantes. Chefes de Estado do mundo inteiro procuram por antídotos e vacinas, mas em vão, porque os únicos que têm a resposta para essas doenças são os portugueses.

Tudo começou no século 17, quando um grupo de exploradores portugueses procurava por algo útil na colônia recém-descoberta — o Brasil. Um deles encontrou um fungo próximo a uma raiz de abacateiro e mostrou para os colegas, que rapidamente providenciaram uma nau para levar ao rei de Portugal. Assim que chegaram na terra de origem, metade da tripulação estava com as calças abaixadas e a outra metade estava com a língua de fora. Ninguém soube o que de fato acontecera; estavam todos em transe.

Assim, o então rei de Portugal pediu que levassem a amostra do fungo para o laboratório para ser estudado. O fungo ficou encostado durante duzentos anos e, no século 19, um hábil cientista descobriu que aquela espécie de fungo em especial tem a propriedade de transformar qualquer indivíduo heterossexual em homossexual. O cientista chamou o fungo de Lampamíneas fungus, ou simplesmente Lampamíneas.

No entanto, esse mesmo cientista descobriu que, se combinasse a estrutura genética do Lampamíneas com a estrutura genética do Propionibacterium — a bactéria responsável pelo cheiro deixado pelo suor — ele conseguiria formar um fungo que ele chamou de Lampamel propionifungus, ou Lampamel.

O fungo Lampamíneas foi usado pela primeira vez pelo exército português durante a Revolução dos Cravos, em 1974, quando os militares se revoltaram com o governo de Salazar e envenenaram o ditador, misturando o fungo ao seu mingau. O governante começou a ter interesses em outros homens e a baixar as próprias calças, revelando seu ponto fraco. Assim, Salazar foi assassinado e Portugal voltou a ser um país livre. Depois disso, não houve conhecimento de outros usos do fungo. Até hoje.

Em junho de 2018, um espião espanhol chamado Amin Ajolla infiltrou-se no laboratório onde estavam o Lampamíneas e o Lampamel e roubou os fungos. Ele foi até uma fazenda no sul de Portugal e entregou o fungo para o fazendeiro, dizendo que era um aditivo especial da ração das vacas e dos porcos. Sem pensar duas vezes, o fazendeiro colocou o Lampamíneas na ração dos porcos e o Lampamel na ração das vacas. Foi descoberto por meio de testes que os ruminantes — como os porcos e as vacas — são imunes a esse tipo de fungo, assim como as mulheres. Então, os homens que comeram a carne de vaca e de porco da fazenda do sul de Portugal foram os primeiros contaminados com Lampamíneas e Lampamel. É importante lembrar que essa doença é extremamente contagiosa e não tem cura.

Estima-se que pouco mais de 50.000 europeus foram contaminados pelos fungos e esse número cresceu, à medida que a doença se espalhava pela Ásia, pela África e pela América.


segunda-feira, 30 de julho de 2018

Meus últimos dias na Corporação

Marquei um encontro com minha aliada Nina na cobertura da Corporação. Disse a ela que era muito importante e que ela deveria vir sozinha. Chovia.

— Matheus, eu tenho que te falar algo. — disse ela.

— Que coincidência. Eu também.

Estávamos próximos um do outro.

— Diga você primeiro. — eu falei.

— Matheus, como você sabe, minhas notas não estão indo bem... — ela desviou o olhar. Eu sabia onde ela queria chegar.

— Não diga mais nada. — eu a interrompi. — Eu sei como é essa sensação, querida. — acariciei seu rosto. — Eu já passei por isso. Sinto muito.

— Diga, meu amor, o que você tem a dizer. — disse Nina, com seu olhar flamejante.

— Eu fiz algumas pesquisas, pensei muito e muito, mesmo. E cheguei à conclusão de que eu não vou fazer o Ensino Médio na Corporação. Vou terminar o ensino básico em outro lugar. Não é que eu tenha medo, é que eu acho que a minha imagem aqui já está desgastada...

— Eu não sei como é isso, Matheus, mas eu compreendo a sua posição. Você deve ir para onde você se sentir melhor.

— Obrigado, Nina. — disse, sorrindo para ela. — Aliás, tem mais uma coisa.

— Diga, querido.

— Eu meio que estou envolvido em um esquema de produção ilegal de ésteres e a polícia portuguesa está na minha cola.

Quase sem acabar a frase, eu e minha aliada escutamos um som de hélices de helicóptero próximas da gente. Os portugueses haviam chegado para me prender. Em segundos, um helicóptero havia pousado no heliporto da Corporação e dezenas de atiradores de elite subiam escada acima para me prender. Uma porta se abriu. Tiros ecoavam pela cobertura e a chuva agora era uma tempestade. Eu fui baleado. Nina ajoelhou-se ao meu lado.

— Nina... — consegui dizer, em meio ao sangue que jorrava do meu corpo. — Me prometa uma coisa...

— Qualquer coisa, querido... — sua voz era um soluço atrás do outro. — Qualquer coisa...

— Me prometa que você sempre vai me amar, não importa o que estiver na nossa frente...

— Eu prometo... Eu prometo por tudo que é mais sagrado nesse mundo!

— Me beije... — disse, mas minha voz era quase um sussurro de dor.

— O que você disse? — Nina encostou seu ouvido no meu rosto. Suas lágrimas confundiam-se com a água da chuva.

— Me beije... — repeti, sentindo mais dor e perdendo mais sangue.

Sem pensar duas vezes, minha aliada Nina debruçou-se sobre mim e hesitou. Um atirador de elite se aproximou de nós.

— Eu não posso fazer isso, Matheus... — sua dor parecia ser maior que a minha. — Eu gosto de você, mas como amigo... Espero que entenda.

Engoli em seco. Eu respeitava a opinião da minha aliada.

— Você terá de vir conosco, senhorzinho. — disse o atirador de elite.

Levantei, limpei o sangue do meu rosto e um grupo de atiradores de elite me algemou. Entramos no helicóptero com destino a Portugal, para o julgamento.

Nina permaneceu na cobertura da Corporação por um tempo e depois saiu de cena.

Fim deste ato.

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