O Ódio que segrega
Redação escrita em 2.019.
Com o advento da Internet, pessoas do mundo inteiro e de todas as faixas etárias, gêneros, etnias e religiões diferentes passaram a estar conectados e a interagir, como se fossem uma “aldeia global”. Marshall McLuhan cunhou, em uma de suas obras, no século XX, o termo “aldeia global”, que significa que o mundo encolheu com o avanço das telecomunicações e das tecnologias, permitindo que as distâncias encurtassem. A “Internet” ainda era um projeto ideal quando McLuhan estudou a Comunicação, porque, naquela época (anos 1960), seu uso era restrito ao Exército, tendo em vista o conflito ideológico da Guerra Fria, que envolveu as potências capitalistas e socialistas.
De certa maneira, a Guerra Fria teve seu fim em 1991, com a dissolução da União Soviética, e a Internet tomou outros rumos, passando a integrar nossa sociedade. De acordo com o depoimento do pesquisador e jornalista inglês James Bartlett para o periódico Exame, a harmonia da Internet com a “aldeia global” de McLuhan “transformaria o nosso ambiente em mais informado, politizado e racional”. A rede social foi uma consequência do advento virtual e milhares de pessoas aderiram à “tendência”, mas a desordem e o caos reinam nesses lugares, onde a opinião é, muitas vezes, anônima.
A partir disso, os usuários que se sentem isentos de leis e normas referentes à Internet, iniciam um processo de “assédio” nas redes sociais, provocado pela disseminação de notícias falsas. Essas “notícias”, como alerta Bartlett, “apresentam conteúdos apelativos e sensacionalistas (...)”, e desvirtuam a ética e a boa conduta em ambientes que deveriam ser, por natureza, civilizados. Portanto, mesmo vivendo em uma “aldeia global”, com distâncias encurtadas, a humanidade distancia-se pela divergência de opiniões e cria bolhas de pensamentos semelhantes, ignorando o livre-arbítrio.
©2.018. Matheus Addor.
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